sábado, 22 de dezembro de 2012

O meu PLE

 
Para mim o meu Personal Learning Environment(PLE) envolve a minha vida estudantil e profissional. Deste ponto de vista eu faço uso de ferramentas no meu processo de aprendizagem que são comuns à minha vida profissional.
No conjunto de ferramentas disponíveis on line, mais as ferramentas e os serviços, num  contexto que pode ser ou não formal, que está inerente ao processo de aprendizagem, na minha vida, é todo ele comum e encaminhado para a minha vida profissional, pois sou docente na area da música, onde vivo muito on line e utilizo muitas ferramentas da web, e sou também gerente de uma empresa, onde a gestão da loja on line mais a publicidade na web passa por mim.
Eu tenho uma vida on line muito intensa mas também possuo uma vida off line que não pode ser dissociada deste contexto.
Se pensarmos no ambiente de trabalho de um PC reparamos que geralmente colocamos lá os atalhos que mais nos fazem falta diáriamente, por uma questão de facilidade de acesso e também porque são os mais utilizados, se adquarmos este exemplo a um PLE, a figura acima seria o meu "ambiente de trabalho".
Assim, o meu PLE, está disposto com 5 pontos chave do meu ambiente de aprendizagem, a plataforma, a partilha de informação, a reflexão e a pesquisa, que geralmente utilizo para estudar mas também para trabalhar, e as redes sociais onde além de confraternizar também as uso para divulgação de atividades,produtos e outros, conseguindo  absorver estes 5 pontos nas minhas atividades profissionais.
Por tudo isto a imagem acima exposta é o meu PLE.
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Digital Stroytelling. Licenças Criative Commons.

É natural contar histórias. Toda a vida em todo o lado e desde muito pequeninos esta é uma prática comum. Começamos por ouvi-las oralmente, depois foram passadas para papel, e com o evoluir natural da sociedade, passaram para jornais, televisão e hoje é natural vê-las na Internet ou seja em Digital Stroytelling. Isto mais não é do que combinar a arte de contar histórias aplicando-as num contexto multimédia. Contrói-se um  vídeo, geralmente curto  que tem imagens e som  para passar a história. Devemos nas narrativas digitais formar o texto através de um “script” com o objetivo de dar  ao leitor  conhecimento sobre a vida de personagens e sobre um conteúdo didático, que se pretende ou possa trabalhar. Deve existir um narrador, que geralmente é o autor, a voz gravada da pessoa em questão,  música, recursos e ainda o tempo.
 
Podemos afirmar que este Digital Stroytelling, vem ser mais um agente facilitador na aprendizagem, quem sabe se não são um "Virtual Learning Environment"?
 
Criação educativa aparece cada vez mais de todo o lado, de vários meios de divulgação, e surgem-nos na rede com muita abundância. 
Na Criative Commons  o objetivo é  mostrar trabalhos de forma aberta na internet sem que o autor seja posto em causa ou até seja plagiado. Nas licenças Criative Commons temos a apresentação de várias vantagens competitivas que a transforma numa das ferramentas mais capazes de desenvolver e melhorar os recursos educativos por parte dos autores, intervenientes, já que possibilitam um desenvolvimento, complementação e elaboração continua de tarefas ou obras. A grande vantagem das licenças Criative Commons é a conciliação de tecnologia com direitos de autor. Desta forma é possível  a circulação de obras com possibilidade de serem copiadas, distribuídas, reutilizadas, salvaguardando o autor permitindo uma aprendizagem colaborativa e complementar.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Bibliografia anotada I/II sobre os Personal Learning Environments


 
Bibliografia anotada I
 
Attwell, Graham,(2010),Personal Learning Environments and Vygotsky, consultado em: http://www.pontydysgu.org/2010/04/personal-learning-environments-and-vygotsky/

O Autor começa por referir o surgimento de ambientes de aprendizagem pessoais e explica o erro das universidades em acharem que são a “indústria da informação”. Mostra o contraste entre ensino tradicional e virtual e a importância da aprendizagem colaborativa. Mostra algumas falhas nos ambientes virtuais de aprendizagem(AVA), mostra citando autores, onde  as redes sociais, o e-learning devem ser desenvolvidas.
Com isto surgem então os ambientes de aprendizagem pessoais, que junto com os AVA  geram novas ferramentas de e-learning aparcendo então os PLEs que são a articulação colaborativa de ferramentas disponiveis na Web 2.0 e dos colegas na aprendizagem.
Um PLE deve ser baseado  num conjunto de ferramentas que permita o acesso pessoal aos recursos de várias fontes, e apoiar a criação de conhecimento e comunicação. Baseado nas necessidades de desenvolvimento de conhecimento, de uma lista de possíveis funções para um PLE este deve ser de acesso / busca de informação e conhecimento, combinando informação e conhecimento, manipular, reorganizar e redirecionar ferramentas de conhecimento, analisar informações para desenvolver conhecimentos, refletir, questionar, desafio, buscar forma de esclarecimento, e defender opiniões, ideias presentes, aprendizagem e conhecimento de diferentes formas e para diferentes fins. PLE pode ser apresentado como tecnologia, incluindo aplicações e serviços, mas mais importante é a ideia de apoiar a aprendizagem individual e de grupo com base em múltiplos contextos e de promover a autonomia do aluno.
É aprofundado o estudo de Vygotsky sobre o ambiente de aprendizagem  pessoal, e defende a zona de desenvolvimento proximal(ZDP), que mais não é do que a diferença entre o "nível de desenvolvimento real" que as crianças podem realizar de forma independente e "o nível de desenvolvimento potencial" que as crianças podem realizar quando estão a interagir com os outros que são parceiros mais capazes ou até adultos. Segundo este autor, o diálogo deve ser colaborativo, dado que o aluno está ativo na sua aprendizagem.
As ferramentas de PLE precisam de ser capazes de suportar a visualização ou representação de modelos e promover a reflexão sobre a sua relevância e significado no contexto. Embora Vygotsky visse o processo através do qual as crianças pudessem aprender a resolver problemas novos.

 
Este artigo é muito significativo, pois explica bem quais as funções de um PLE, sobre a visão de vários autores, explica os diversos ambientes em que o PLE está envolvido, e mostra os passos que devemos tomar, como auto aprendentes, e a grande potencialidade desses ambientes dentro da Web 2.0. De notar que pedagogicamente o Ple deve assentar sobre a autoaprendizagem e deve promover a autonomia do aluno. Vygotsky aborda o Ple sobre a visão da aprendizagem colaborativa.
 
 
 
Bibliografia anotada II
 
Harmelen, Mark Van, (s. d.), Personal Learning Environments, consultado em: http://wiki.ties.k12.mn.us/file/view/PLEs_draft.pdf/282847312/PLEs_draft.pdf
 
O autor apresenta o Ple como uma necessidade para o e-learning. Necessidade que acenta na diversidade de instituições ou sistemas virtuais de aprendizagem que precisam ser isolados. Sistemas Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e Sistemas de Gestão de Aprendizagem nem sempre lidam tão bem como podia com as necessidades dos alunos. Em parte esta perspectiva é motivada por uma visão de que e-portefólios que se tornaram instrumentos institucionais que realizam em grande parte o registo. Uma resposta à questão de controle, de acordo com abordagens pedagógicas que exigem que aluno de e-learning, esses sistemas precisam estar sob o controle dos próprios alunos, um conceito que geralmente é alheio a AVAs institucionais. As necessidades dos alunos, que às vezes realizam actividades de aprendizagem offline.
O PLE é o sistema de um único usuário de e-learning, que permite a colaboração com outros usuários e professores que usam PLEs outros e / ou AVAs. Em certo sentido, um PLE deve conter "produtividade" aplicativos que facilitam as atividades de aprendizagem do proprietário. Deve estar geralmente sob o controle do usuário quanto ao uso e personalização. Algumas variedades de PLEs permitem off-line de trabalhos a ser realizados.
 As idéias sobre PLEs ainda estão em formação. Wilson afirma "Um PLE é um tipo de sistema de e-learning que é estruturado em um modelo de e-learning em si e não um modelo da instituição... PLEs estão preocupados com a coordenação das ligações feitas pelo aluno com as unidades e agentes em uma ampla gama de sistemas...PLEs  estão previstas principalmente como sistemas abertos ".
O Meio Ambiente de Aprendizagem Pessoal é um âmbito muito geral e refere-se a qualquer ambiente online para utilização por um indivíduo. Normalmente esses ambientes seriam fornecidas utilizando um AVA e um navegador.  Um ambiente de aprendizagem personalizado pode ser útil para qualquer ambiente que foi adaptado para um indivíduo antes de usar.  Um ambiente de aprendizagem personalizável é aquele que pode ser personalizado no momento da sua utilização, tanto pelo utilizadorcomo pelo sistema em nome do utilizador.
O uso atual do PLE para descrever os diferentes tipos de sistemas de aprendizagem é desenhado aqui como um conjunto de dimensões que caracterizam um espaço de PLEs. É evidente que o campo ainda está em desenvolvimento, e as dimensões oferecidas aqui vão ser refinadas ao longo do tempo.
Tal como acontece com todos os sistemas de e-learning, PLEs individuais serão expressões para a filosofia da educação e para abordagens pedagógicas que podem ser colaborativa / não-colaborativo, ligada à dimensão. Esta dimensão indica o grau em que os usuários podem colaborar no ensino e actividades de aprendizagem, por exemplo, atividades colaborativas motivadas pelo construtivismo social. Aberto / fechado. Um sistema aberto pode ser estendido facilmente, um sistema totalmente fechado, não pode ser estendido a todos. Personalização, PLEs podem ser fixados no seu âmbito e funcionalidade, ou podem ser extensível, de preferência numa base individual durante o seu uso. Locus de controle e propriedade existe uma consciência crescente de uma grande limitação em AVAs, ou seja, de professores ou de controle institucional de recursos. Este é muitas vezes manifestada como limitações que pode configurar atividades e discussões mediadas por computador. É importante para certas abordagens pedagógicas que o locus de controle possa ser devidamente compartilhado entre alunos e professores. Propriedades de PLEs poderão ser exercidas por alunos e professores e levados para fora da propriedade institucional/ convencional. Isto tem implicações para a duração do uso de PLE, e para as plataformas em que estão hospedados os PLEs. Single / conectividade instituição múltipla. Se AVAs devem ser usados ​​para a aprendizagem ao longo da vida, em seguida os alunos ao longo da vida vai exigir que seus PLEs possam ser conectados a várias instituições e para os fornecedores de educação para o desenvolvimento profissional contínuo. Sem PLE de conectividade múltipla só irá apoiar as atividades de aprendizagem de curto prazo, tais como cursos ou programas de instituição educacional do indivíduo.”Peer-to-peer” / baseada em servidor, caracteriza a execução de caminhos de comunicação para aluno-aprendiz e aluno-professor. PLE pode funcionar como puro peer-to-peer de sistemas, ser baseada em servidor, ou seja, sistemas híbridos. O que é importante aqui é que os usuários de PLEs geralmente precisam dos materiais de base para a aprendizagem e extensões para a funcionalidade de seus PLEs. Colóquios, apesar de muitas vezes ser representada como um sistema peer-to-peer, é um cliente rico para um sistema de e-mail .O PLE Manchester  também é baseado num servidor, onde o servidor é também  um AVA. Compatibilidade de pacotes. Com a crescente adoção de padrões de e-learning, espera-se que a compatibilidade do pacote, por exemplo, a capacidade de usar os pacotes de conteúdo padrão, irão caracterizar fortemente PLEs futuras. Compatibilidade de aplicativos. Num certo sentido isso é apenas aplicável se existir pelo menos um servidor de VLE agindo como um pedido de sever PLEs, e se a arquitectura do servidor VLE (s) e os PLEs permitir que as mesmas aplicações possam ser executado em ambos VLE (s) e PLEs. O Quadro de Manchester é projetado especificamente para compatibilidade de aplicativos. Compatibilidade de aplicativos também se aplicam a diferentes tipos de PLEs . Plugability. Plug-ins são um mecanismo de extensão específica e relativamente fechado. No entanto o uso deste mecanismo em si, não indica que um PLE é relativamente fechada, pode haver outros mecanismos para proporcionar a propriedade de abertura. Uso apenas online / online e offline.  É de real valor para um PLE para ser utilizado off-line. De facto, este é considerado tão importante que alguns investigadores só considerar que um sistema é um PLE se é capaz de ser usado em ambos. Desktop e laptop sistemas para clientes são plataformas de hardware pesado para PLEs, enquanto o uso de PDAs e PDA-como dispositivos convergentes são uma abordagem particularmente leve para usuários de PLE.
 
Este artigo mostra a dimensão que os PLEs estão a tomar e as formas de abordagem que estão a ter. Aqui é explicado a evolução do PLE e o rumo que este está a tomar e a muito curto prazo PLEs estão destinado a tornar-se componentes importantes do domínio do e-learning. Este artigo preocupa-se com a construção e continuidade do Ple e a possibilidade deste ter essa continuidade ao longo da vida, de forma a completar-se durante a sua vigência. Debruça-se sobre algumas preocupações tecnológicas e comerciais, de forma a abordar algumas plataformas e servidores que são e poderão ser portadores do Ple, quase como se o Ple fosse um “programa de computador” ou uma “Plataforma”.
 À medida que o campo amadurece e como o Ambiente de Aprendizagem é generalizado e especializado, modificações nas características do espaço PLE  serão mesmo  inevitáveis.
Entendo este artigo quase como um “retrato” da nossa atual “Dropbox”, onde vamos carregando a informação que pretendemos partilhar e vamos mudando o conteudo sempre que achamos pertinente.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Cibercultura


A Cibercultura

Estamos na era da globalização económica, pelo crescimento das redes de comunicação e transportes, que tende a formar uma única comunidade mundial. Esta comunidade utiliza e utilizará o ciberespaço como promotor de crescimento coletivo, tanto da rede como do saber. Lévy, define a inteligencia distribuída na rede sempre  valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em aprendizgens efetivas das competências lá expostas e cujo objectivo é a evolução  de todas as pessoas. Ao pensar na Cibercultura descrita por Lévy, vamo-nos lembrando de profissões que se realizam virtuamente, onde os contactos são virtuais, geralmente com correio eletrónico, onde os colegas estão fisicamente distantes mas virtualmente próximos, usando-se redes sociais, programas de conversação instantânea, servindo estas para nos mantermos atualizados e informados de tudo o que gira no ciberespaço.
A comunicação e informação constituem dimensões vitais da nossa vida cultural. Para isto é necessário uma comunicação transparente e imediata. Pessoas tecnologicamente evoluidas ou pelo menos minimamente dominadoras das tecnologias, que dominem a entrada na rede e que saibam estar na rede e que saiba estar em grupo com abertura para mudanças, como afirma Levy  “Ou superamos um novo limite, uma nova etapa da hominização, inventando algum atributo do humano tão essencial quanto à linguagem, mas em escala superior, ou continuamos a nos comunicar por meio da mídia e pensar em instituições separadas umas das outras, que organizam, além disso, o sufocamento e a divisão das inteligências” (Lévy, Cibercultura, p. 16).
Se analizarmos a internet, ela hoje tem tudo e geralmente na internet pode-se tudo, está tudo à distancia de um clic. As pessoas cada vez mais têm acesso à tecnologia, que cada vez está mais barata, o que levou a tudo estar ligado, os PC, os telémoveis, as televisões o que faz com que no ciberespaço coabitem pessoas, máquinas, objetos, monumentos, cidades, etc. Estas evoluções têm-se vindo a acentuar nas últimas décadas do séc. XX.
Na cibercultura somos geralmente estimulados a produzir, a partilhar, a distribuir conteúdos.  Como Levy afirma “a internet é um dos mais fantásticos exemplos de construção cooperativa internacional.” (Lévy, Cibercultura, pág. 126). A obra virtual é “aberta” por construção. (Lévy, Cibercultura, pág. 136).
Pierre Lévy caracteriza a Cibercultura por um conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensar e valores que se desenvolvem conjuntamente com o crescimento do ciberespaço. O Ciberespaço ou rede é caraterizado como novo meio de comunicação que resulta da interligação mundial de computadores.
 Tal como Noé, e perante a Internet, sentimo-nos à deriva num mar de informação, sem saber por vezes quais as informações fundamentais a conservar na referida arca.
As comunidades virtuais de aprendizagem apoiam-se na interligação, construída a partir de afinidades de interesses, de partilha, cooperação ou troca, ou seja, terá de existir uma identidade comum independentemente do local e do espaço.
O ciberespaço que resulta da interligação mundial dos computadores, onde existe a infraestrutura e a informação, onde circulam as pessoas que vão alimentando esse “universo” que se está a tornar global com manifestações culturais distintas das anteriores mas onde as mensagens se aproximam novamente dos contextos orais e são mais directas e facilmente interpretáveis,  permite uma comunicação permanente entre os seres humanos, possibilitando assim a constante reinterpretação dessas mesmas mensagens.
Temos de reconhecer as “mudanças qualitativas” e “o ambiente inédito que resulta da extensão das novas redes de comunicação para a vida social e cultural”.
A cibercultura não irá resolver problemas da humanidade, mas irá demonstrar a possibilidade de explorarmos novas potencialidades e possibilidades, para isso devemos manter um espírito aberto e receptivo à mudança. A grande quantidade de informação da nova era em conjunto com crescimento demográfico, não deve constituir uma ameaça, deve ser levado para o nosso enrrequecimento pessoal de forma a estabelecer relações fortes e duradouras entre os seres humanos.
Como refere Levy, cabemos todos nas várias arcas, que se entrelaçam e comunicam, mas cada uma preserva a sua própria identidade e diversidade. É necessário ensinar as pessoas, os filhos a sobreviver ao dilúvio, ao mar de informação ensinando-os a filtrar o essencial do superfulo.
Para Lévy “é impossível separar o humano do seu ambiente material”. Assim a produção, integração e utilização das tecnologias, em conjunto com a “emergência do ciberespaço”, são facilitadoras, se não a grande responsável, pela evolução da civilização.
Para Levy o ciberespaço é “um dos instrumentos privilegiados” para o suporte e desenvolvimento da inteligência colectiva, apesar de por vezes a interacção digital poder proporcionar “sobrecarga cognitiva”, dependência, centralismo, exploração ou mesmo conformismo. Lévy conclui que a inteligência colectiva poderá ser simultaneamente um “remédio” ou um “veneno”.
“A grande questão da cibercultura, tanto no plano de redução de custos como no acesso a todos à educação, não é tanto a passagem do presencial à distância, nem do escrito e oral tradicionais à multimédia. É a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizada ( a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada dos saberes, o ensino da sociedade por ela mesma, auto-sustentável, móvel e contextual das competências. Nesse quadro, o papel dos saberes públicos deveria ser: garantir a todos uma formação elementar de qualidade.” (Lévy, Cibercultura, pág. 172).
 

EXEMPLOS DE CIBERCULTURA:

Música

O mundo da música tem vindo a mudar. Hoje, um artista, cria um CD e é facilmente publicitado, basta fazer um upload num site e este é visto por milhões de pessoas em todo o mundo. Qualquer pessoa em casa com um PC faz uma gravação de uma música, ou edita-a, altera-a e da mesma forma publica-a. O mundo da musica tornou-se digital. Encontramos na Web, toda a multiculturalidade musical do planeta. Agora não se compram discos, cassetes, ou  CD’s, compram-se músicas através de downloads, que geralmente são carregados em leitores de MP3, Ipod, Ipad, PC,etc,etc,etc.
A indústria musical mudou e tem de se adaptar às novas realidades. Os artistas editam músicas com o objetivo de fazer concertos. Nada melhor que a web para diversificar, expandir e obter feedbacks: da qualidade, da dimensão, da aceitação, do sucesso que determinado álbum tem ou está a ter.
É comum obtermos na web “Live concerts” em toda a parte do mundo, com um simples PC ligado á internet.
A música é expandida, divulgada, alterada, trabalhada, criada, difundida na rede Web 2.0.
 

Streaming

Com a inovação tecnológica surgem novas oportunidades. Esta é mais uma. Quero com isto dizer que com uma simples web cam, fazemos uma transmissão em direto de qualquer coisa que pretendamos, bastando a Webcam, um PC, ligação á internet e um registo num site de streaming, que geralmente tem registo gratuito uma aplicação para instalar, para difundirmos o nosso Live broadcast, numa rede frequentada por milhões de pessoas em todo o mundo transmitimos em direto uma emissão de audio e video em tempo real, com as limitações que a rede possa ter, mas que geralmente estão em sintonia com o mundo.
Repare-se na simplicidade com que podemos gravar e difundir audio e video, coisa que não à muito tempo requeria diversos aparelhos com ligações a satélite e câmaras caras de alta definição e com um conjunto de custos elevados.
Com esta tecnologia vejam a simplicidade de transmitir um colóquio ou um seminário ou uma palestra ou uma entrevista em qualquer sítio do mundo com as ferramentes já enumeradas.


A educação em rede

Cada vez mais existem comunidades de aprendizagem na Web, designando-se  por ensino à distância .  Cada vez mais é necessário estarmos em constante formação, ou porque o trabalho assim exige ou porque temos de subir na carreira ou porque mudamos de emprego, por um sem numero de fatores que influenciam a nossa educação e formação que nos leva a termos necessidade de conhecer e de aprender, com o menor custo possível, com a maior flexibilidade de horário possivel o que nos leva a instituições e empresas que se reorganizaram para permitir o ensino on-line. A própria Universidade Aberta com o seu modelo de ensino à distância é, provavelmente, o melhor exemplo de cibercultura de grande sucesso, onde existe comunicação assincrona, síncrona, com partilha, reflexão e constante mutação de documentos, que vão sendo estudados, pesquisados, alterados, debatidos e muitas vezes melhorados, nesse ciberespaço cibercultural.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Bibliografia Anotada I/II

Pedagogia do elearning/papel do professor online



Mill, Daniel, Areu-e-Lima, Denise, Lima, Valéria Sperduti, Tancredi, Regina Maria Simões Puccinelli, (agosto/dezembro 2008), O DESAFIO DE UMA INTERAÇÃO DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: O TUTOR E SUA IMPORTÂNCIA NESSE PROCESSO, em Cadernos da Pedagogia Ano 02 Volume 02 Número 04 . Disponivel em: http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/106/63
 

No modelo de ensino à distância (EaD), o tradicional ambiente de sala de aula desaparece, sendo completamente redimensionados. A educação é um processo pedagógico construído por docência e discência, isto é ensino e aprendizagem.

Surge então o professor- tutor como elemento chave e de ligação para o desenvolvimento cognitivo do estudante, este oriente, estimula e faz com que o estudante construa o seu próprio saber e desenvolva processos reflexivos.

Um tutor deve ter em atenção alguns pontos para que não cometa erros que se poderão tornar irremediáveis assim, deve  convencer-se, estar certo que quer ser tutor on line, organizar-se, disciplinar-se, expressar-se, compartilhar-se, dedicar-se, responsabilizar-se, cuidar-se e desafiar-se.

O trabalho pedagógico na EaD, utiliza mais a tecnologia, o que faz com que o tutor seja mais hábil a dominar esses meios o suficiente para atuar com naturalidade, agilidade e aptidão neste contexto virtual. Por isso, o tutor virtual precisa estudar as possibilidades técnico-pedagógicas das diversas tecnologias utilizadas no curso (especialmente as ferramentas do ambiente virtual de aprendizagem) e buscar novas estratégias educacionais de apoio ao estudante.

Conforme o tutor deve ser um bom gerenciador de equipas, motivador para manter o aluno desperto, também o aluno deve dominar bem a redação de textos, ter netiqueta, ou seja ter ética na web, ser auto confiante, ou construir essa auto confiança, ser apoiado tecnicamente.


Estes aspetos realção a relação que deve existir entre o professor, aqui chamado de tutor,  e os alunos em contexto de “sala de aula on-line”. É referido no artigo os papeis fulcrais do professor on line e as tecnicas pedagógicas que se devem e podem utilizar para manter o aluno motivado, autoconfiante para se “auto aprendizar”. É importante saliantar que também são referidas responsabilidades por parte dos educandos bom como algumas dicas para que o contexto on line se mantenha salutar.




Gomes, M. J. (2008). Na Senda de Inovação Tecnológica no Ensino à Distância. Revista Portuguesa de Pedagogia, 42(2), 181-202. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8073/1/artigo-senda.pdf



A autora começa por fazer referência ao avanço da tecnologia e o que isto veio mudar o ensino presencial, levando também para o ensino à distância  e como ela evoluiu desde a simples carta à tecnologia atual. Aparecem três dimensões fundamentais no ensino à distância (EaD): A mediatização de conteúdos pedagógicos, a mediatização da relação alunos/ professores e aluno/ aluno e a mediatização da interação dos alunos com os serviços da instituição.
Enfatiza-se as diferentes gerações de EaD, e à diversidade de modelos que podem ser adoptados pelas mesma universidades em diferentes cursos. Realça a dimensão e mediatização de distribuição de conteúdos de aprendizagem.
Atribui-se seis gerações de EaD, a 1ª o ensino por correspondência(1833...)onde a representação de conteúdos era mono-média e os documentos enviados pelo correio, com o contacto com o professor muito raro e o contacto aluno/ aluno inexistente com comunicação assíncrona com elevado tempo de retorno, a 2ª o tele-ensino(1970...)com multiplos média recorrendo a emissões televisivas e radiofónicas, com a comunicação com professor pouco frequente, comunicação aluno/aluno inexistente com uma modalidade de comunicação síncrona fortemente desfasada no tempo e transitiva, a 3ª multimédia(1980...) multimédia interativo com dvd's e cd's enviados postalmente, multimédia interativos, com a comunicação com o professor frequente,a comunicação aluno/aluno existente mas pouco significativa, com a modalidade de comunicação assíncrona com algum desfasamento de tempo, a 4ª E- Learning(1994...)com multimédia colaborativo onde  existem ficheiros para downloade e upload,multimédia colaborativo, com a comunicação entre professor e aluno muito frequente, a comunicação aluno/aluno muito significativa com modelo de comunicação assíncrona com algum desfasamento de tempo individual ou em grupo e sempre com registo eletrónico, a 5ª o M.Learning(2004...) com a mediatização de conteudos multimédia colaborativo e textual, a distribuição de conteúdos através de banda larga, a comuinicação professor/ aluno muito frequente, a comunicação aluno/aluno existente e muito significativa, com comunicação assíncrona e síncrona e a 6ª os Mundos virtuais,com a mediatização de conteúdos multimédia imersivo, em ambientes virtuais com momentos comunicacionais significativamente relevantes referindo-se e explicando-se cada uma delas em pormenor, mostrando a sua  constante evolução  e a quebra de barreiras tecnológicas que foram sendo quebradas.

O conceito de geração EaD é multifacetado e ultrapassa a dimensão meramente  tecnológica, pois há possibilidade de desenhar modelos pedagógicos com caracteristicas diferentes.

Este artigo mostra bem a forma como o EaD foi sendo tratado ao longo da sua criação até aos nossos dias e a evolução que sofreu e vai sofrendo até ao modelo que dispomos atualmente. De salientar que a partir da quarta geração além dos avanços tecnológicos, a relevância que foi dada aos momentos comunicacionais, que passam a ser significativamente relevantes.




terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mamb06

Este modulo de ambientação, tem sido muito rico e construtivo.
Tenho-me ambientado com alguma facilidade, e o trabalho corporativo tem sido muito enriquecedor.
Os colegas são muito participativos e colaborativos.
Algumas das dúvidas que tinha, têm vindo a ser desfeitas dadas as explicações que tenho obtido através dos foruns e da plataforma.
Os posts da Professora têm sido claros e explicativos como se estivessa à minha frente a falar.
Tenho participado o mais possivel nas discussões/forum e obrigo-me a vir todos os dias à universidade de forma a que o meu auto control e a minha auto aprendizagem, comece a fazer algum sentido, de forma a que não deixe acumular tarefas e de formas a que as referidas possam ser cumpridas no tempo estipulado.
Estou a gostar muito desta primeira experiência no mestrado, o que me tem deixado muito curioso do que virá a seguir.....