sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

domingo, 13 de janeiro de 2013

A Virtualização das Relações Sociais


A Internet é sem dúvida hoje em dia um “mundo” que veio para ficar. Como Castells(1999) afirma “as redes estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por elas” que se transforma diariamente na blogosfera, na cibercultura, no virtual, no mundo real.
Cada vez mais vamos ter de nos habituar a um mundo real que passa pelo virtual, senão vejamos a quantidade de transações que diariamente se fazem, sejam elas bancárias, aduaneiras, estatais, simples trocas de e-mails, simples conversas de chat, a própria comunicação em skype, etc.
Honor de Almeida Neto (2007) afirma que “o real é virtual porque tem potência, fato que ocorre com as inúmeras possibilidades associadas ao advento das novas mediações, para a realização das relações sociais. O uso das novas mediações como forma de aproximar as pessoas, torná-las mais humanas, fraternas, inteligentes, solidárias, é virtual, embora possa não ser ainda atual.”
É uma realidade que a sociedade já mudou as crianças não brincam na terra, jogam play station, as crianças não jogam ao esconde, jogam counter strike no PC, o mundo mudou, as relações pessoais e interpessoais mudaram.
Quem hoje em dia não usa a Internet para tudo?
É necessário ter atenção ao que é confiável e ao menos confiável. Será possível ter autenticidade na rede e saber se o que nos está a ser transmitido de todo confiável? Estarão  as nossas relações a ser bem comunicadas? Braudillard acha que a comunicação na rede  elimina, anula o “real processo comunicacional”.
Na blogosfera é normal surgir informação sem autor, em anonimato, será este um comportamento diferente do que se fosse no real?
Autenticidade é um nome feminino que significa carácter do acto ou documento que está conforme à lei, qualidade de uma obra que comprovadamente pertence ao autor a que é atribuída, qualidade do que é conforme à verdade; veracidade, manifestação de sinceridade ou naturalidade. Transparência é também um nome feminino que significa qualidade ou estado do que é transparente, fenómeno pelo qual os raios luminosos visíveis são observados através de certas substâncias, qualidade do que transmite a verdade sem a adulterar; limpidez, qualidade de quem não tem nada a esconder, carácter do que não é fraudulento e pode vir a público (em matéria económica), folha de plástico transparente, com texto ou gravuras, para uso no retroprojector; acetato.
Como foi referido no forum “Se utilizar uma imagem com Copyright, fazendo-o passar por minha (depois de a transformar), estou a ser falsa e ao mesmo tempo opaca, não é? Se a utilizar (como temos vindo a fazê-lo)para através dela expressar uma ideia, um sentimento,..., levando-nos à reflexão e ao debate...então aí penso existir transparência.”
Ser transparente e autentico implica responsabilidade e a rede está aberta a todos, inclusivé aos "irresponsáveis". Por vezes nem na "vida real" somos verdadeiramente autênticos ou transparentes, há sempre um filtro qualquer que nos impede de revelarmos exatamente o que pensamos ou sentimos.
Cada vez mais está em voga as redes sociais e com ela novos e “modernos perigos”, nicknames, roubos de identidades, assédios sexuais, criação de identidades falsas, um sem numero de perigos que terão e estão a ser tratados, ou vigiados, de forma a que a transparência na rede seja cada vez mais fidedigna.
É claro que as redes sociais refletem relações humanas, onde se partilham emoções, fotos, conflitos, tarefas, no fundo vida privada e muitas vezes profissional. Temos a liberdade  de ser quem quisermos, quando quisermos, de ter uma vida a par da dura realidade, o que se pode tornar um perigo.
Segundo Levy, “Nem a salvação nem a perdição residem na técnica. Sempre ambivalentes, as técnicas projetam no mundo material as nossas emoções, intenções e projetos. Os instrumentos que construímos dão-nos poderes, mas somos coletivamente responsáveis, a escolha está nas nossas mãos” (1999, p.17).  Ou ainda, “a virtualização não é nem boa nem má, nem neutra. Ela apresenta-se como o movimento mesmo do devir outro - ou heterogênese- do humano. Antes de temê-la, condená-la ou lançar-se às cegas a ela, proponho que se faça o esforço de apreender, de pensar, de compreender em toda a sua amplitude a virtualização" (Levy, 1996, p.12).
Tendo isto como pano de fundo, é cada vez mais claro que estamos numa sociedade cultural cada vez mais virtualizada, levando-nos a falar da Cibercultura defendida por Levy " a forma sócio-cultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-electrónicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática ".
Existem inúmeras possibilidades de relação no virtual, até Levy defendia que a virtualização era o meio ideal para o desenvolvimento da linguagem bem como das relações comunicacionais.
Também é verdade que cada vez estamos mais dentro da rede o que faz com que não seja possível sociabilizar presencialmente tão frequentemente.
A informação é muitas vezes considerada uma arma senão vejamos como numa guerra a informação certa na hora e local certo poderá marcar a diferença entre o ganhar ou perder a batalha. Podemos considerar a informação uma forte influência em manipulação de pessoas, daí o perigo da falsificação de identidades na rede, que poderá a levar a inumeras complicações de diversas ordens.
Rui Páscoas no seu blog sita  Almeida, M.(2003) em A Diplomacia Pública, Revista Negócios Estrangeiros, nº 6 “[...]numa época de globalização e do poder da informação – o chamado “4.º poder” –, proporcionado pelas novas tecnologias, a palavra e a imagem, como instrumentos de divulgação e de promoção, estão intrinsecamente associadas ao discurso político, seja ele do poder ou do contra-poder. Independentemente dos conteúdos e do seu significado, o fim perseguido é sempre a mobilização das massas, seja para uma participação colaborante e consentida, em regimes democráticos, seja para uma adesão compulsiva, que possa servir de justificação e de sustentáculo à conquista do poder e seu exercício, em regimes despóticos ou sem alternância.”
Falando em complexidade e transparência, complexo não será igual a opaco e antónimo de transparente? E por que motivo queremos tanto ser transparentes=verdadeiros? Daniel Innerarity (2004, p.27), diz “No mundo da simulação, o real transforma-se numa coisa obsessiva. A nossa cultura está fascinada pela distinção autenticidade/simulação”.
Pensando agora na visibilidade/identidade é notória a procura óbvia da visibilidade, nesta era da informação-comunicação-simulação, de se ser visto, lido e ouvido por muitos, não será assim alterarada a noção/percepção de identidade? Do quem sou eu? O eu digital corresponderá a transparência? Ou leva-nos à liberdade de expressão?
Ao nos expressarmos livremente por meio de um teclado e um monitor estamos mais á vontade e mais desinibidos (não será isso transparência?) as nossas ideias e opiniões, não serão mais claras e bem pensadas logo mais refletidas? Por um lado, não vemos o  peso do "olhar recriminador" dos outros, por outro lado, iremos encontrar sempre alguém, nesta rede global, que partilha da nossa opinião, que irá interagir repensar refletir e acrescentar algo.
Abordando a mentira ou omissão, que quer queiramos quer não, faz parte da nossa vida social real. Esta seria insustentável se todos fizessem o que nos apetecesse e disséssemos tudo o que nos viesse à cabeça, mas, virtualmente parece-me que poderemos estar mais próximos da verdade, se assumir de antemão a mentira=simulação, "que o que é pode não sê-lo".
Para Debord “quando o mundo real se transforma em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico” (1997, p.18).E é aí que “o real já não é o que era, a nostalgia assume todo o seu sentido. Sobrevalorização de verdade, de objetividade, e de autenticidade de segundo plano” (BAUDRILLARD, 1991,p.14). “O indivíduo que antes era espectador do real, sem participar, passa a ver a si na mídia de massa. O indivíduo torna-se o espetáculo, descobre-se como simulador de si e perde-se do real para dar lugar ao hiper-real; o comum torna-se espetacular” (BAUDRILLARD, 1991).
Stuart Hall defende que a identidade que é fundada num complexo projeto de mascaras e atributos necessários a formação de mecanismos de relações sociais, assim “o sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos” e quando a associa à pós-modernidade descreve essa identidade calçada na consciência de si mesmo e no seu lugar social  que passa pela chamada “crise da identidade”. Crise diante da “perda do sentido do ser” pluralizado e pulverizado nos vários espaços de interação criado a partir das modificações sociais, políticas, económicas e, sobretudo, culturais das quais a globalização e tecnologia informacional se tornam vertentes para compreender os vários sujeitos formados.
Bauman, associando a identidade à modernidade líquida, acredita que “a fixidez dá lugar à incerteza, as identidades do passado são sobrepostas pelas possibilidades de futuro e o sujeito se caracteriza como descentramento e deslocamento permanente”.
Nas redes este conceito replica-se na virtualidade, onde o território é substituído pelos valores e significados partilhados. Os relacionamentos estabelecidos nas redes, neste sentido, podem constituir autenticas comunidades tanto na estruturação de um código de condutas, de valores, de herança de conhecimentos e memória, tornando a sobrevivência da comunidade um objetivo partilhado pelos que vivem nela ou sonham com ela.
O nosso “Eu” digital e/ou virtual não será uma extensão de “Eu” físico e/ou presencial, ou seja, “Nós” mesmos?
Não somos seres passivos, existe uma relação dinâmica e dialética entre o teu “eu” e as diferentes personagens ou máscaras, que tu vestes/desempenhas e ambas se influenciam mutuamente.
Não existe “um” único comportamento, composto por gestos e ações pré-definidas, lineares ou programadas.
Enquanto no mundo virtual, emancipamo-nos, por vezes sem nexo, com teias/redes de amigos/conhecidos, com actividades online cada vez mais abrangentes e exigentes. O Virtual é um complemento das nossas vidas, sobre o qual recai boa parte das nossas relações sociais, bem como profissionais, servindo como ponte com o real/físico, cabendo-nos a nós utilizar a rede, de forma solidária e eficiente para que possamos aproveitar o que de bom nos traz, a rapidez, a informação, a formação, interactividade, e muito mais transpondo os valores que nos guiam no mundo real, para esse mundo virtual.
 

Artigos Consultados:

http://alexmedeirosmpel05.blogspot.pt/2011/06/virtualizacao-das-relacoes-sociais.html

http://mpel.ruipascoa.net/?p=243

http://www.agoragrega.com/tag/virtualizacao-das-relacoes/

http://comunicame20.blogspot.pt/2011/08/virtualizacao-das-relacoes-humanas.html

http://www.pucrs.br/edipucrs/online/trabalhoinfantil/trabalhoinfantil/2.1.2.html

http://seer.ucg.br/index.php/fragmentos/article/viewFile/1372/918

http://infoxzone.wordpress.com/2011/04/22/analise-futuro-das-redes-sociais/

http://pt.scribd.com/doc/45306272/A-espetacularizacao-da-identidade-virtual-nas-redes-sociais

http://franciscopereirampel05.blogspot.pt/2011/06/autenticidade-e-transparencia-na-rede.html

http://mpel5sergiolagoa.blogspot.pt/2011/06/autenticidade-e-verdade-na-rede.html

http://goncalocarvalheirompel05.wordpress.com/2011/06/20/autenticidade-e-transparencia-na-rede-uma-utopia/

domingo, 6 de janeiro de 2013

Storyboard

Titulo: “ A experiência de ser estudante online na Universidade Aberta”( musica de fundo Wolfgang Amadeus Mozart - Piano Concerto No. 21 – Andante).
1-Inicio com os logotipos da universidade e da profissionalização em serviço com o seguinte texto:
“Quando fiz a minha profissionalização em serviço na Universidade Aberta, realizei o primeiro contato com o e-learning.”
2- Com o seguinte texto e logotipo do moodle: “Desde essa altura até agora, fui mantendo o contacto com plataformas, neste caso com a blackboard e com o moodle, através da Universidade Aberta (moodle).”
 3- Logotipo da blackboard com o seguinte icon “Através do ISCE (blackboard)
4- Texto sobre uma experiência pessoal “Implementei a plataforma moodle no colégio onde leciono a disciplina de Educação Musical. Esta última despertou-me o interesse em defender uma tese sobre o e-learning em Edcucação Musical.”
5- O facto de ser aceite no mestrado com o seguinte texto e os logotipos de ferramentas utilizadas “Ao ser aceite na Universidade Aberta neste Mestrado, surgiram então novos horizontes e novos desafios. Tomei contacto com o delicous, com o scoop.it,com wiki, com os PLE’s, com a Cibercultura, com novas disciplinas que nem sabia que existiam, como AVA, ESR,PPEL,MED, tudo isto é novo e tem-me enriquecido muito na filtragem e na nova forma de ver o ensino à distância, na pesquisa e na navegação na internet, bem como na vivência na Web 2.0.”
6- A minha grande dúvida e principal motivo para estar neste mestrado “Será possivel ter E-Learning na Educação Musical?”
7- Conclusão “A resposta a esta  pergunta  pretendo que esteja respondida no fim deste mestrado.”